terça-feira, 22 de novembro de 2016

SOJA: Comercialização antecipada da safra 2016/17 do Brasil é de 25% - SAFRAS


Grupo CMA

A comercialização antecipada da safra 2016/17 de soja do Brasil envolve 25% da produção projetada, conforme relatório de SAFRAS & Mercado, com dados recolhidos até 4 de novembro.
Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 41% e a média para o período é de 30%. Levando-se em conta uma safra estimada em 103,477 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 26,130 milhões de toneladas.

SOJA - BRASIL - COMERCIALIZAÇÃO ANTECIPADA - SAFRA 2016/17
- em % da produção esperada (*) -

     

Estados
16/17
Volume
Safra
15/16
14/15
Média

04/Nov
Comprometido
Esperada
04/Nov
04/Nov
Normal (1)
RS
15
2415
16098
29
6
18
PR
17
2941
17301
34
10
19
MT
34
9942
29240
46
25
40
MS
23
1774
7711
39
16
28
GO
29
3027
10436
54
23
37
SP
17
463
2722
35
13
20
MG
24
1120
4668
47
12
29
BA
31
1395
4501
52
30
39
SC
8
163
2037
30
8
16
OUT
33
2891
8761
48
30
43
BRASIL (x)
25
26130
103477
41
17
30

     

Obs: (x) Média Ponderada.  (1) Média de 5 anos normais.
 

(*) Percentuais considerando comprometimento dos produtores.

Fonte: SAFRAS & Mercado





Safra 2015/16
Os produtores brasileiros de soja já negociaram 95% da safra de soja 2015/16. O levantamento é de SAFRAS & Mercado e refere-se ao período até 4 de novembro. Em igual período do ano passado, a comercialização da safra envolvia também 95% e a média para o período é de 92%. Levando-se em conta uma safra 2015/16 estimada em 97,150 milhões de toneladas, o volume de soja comprometido chega a 91,996 milhões de toneladas.
No Mato Grosso, o total já comercializado chega a 98% da safra estimada, contra 98% no ano passado e 97% da média. Em Goiás, o índice é de 97%, igual aos 97% do ano anterior e dos 97% da média. No Paraná, SAFRAS indica comprometimento de 95% da safra, ante os 95% do ano passado e aos 85% da média. No Rio Grande do Sul, o número é de 88%, igual aos 88% no ano anterior e contra 82% da média.

SOJA - BRASIL - EVOLUÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO - SAFRA 2015/16
- em % da produção esperada (*) - volumes em mil t. -

     

Estados
15/16
Volume
Safra
14/15
13/14
Média

04/Nov
Comprometido
Esperada
04/Nov
04/Nov
Normal (1)
RS
88
14359
16317
88
85
82
PR
95
15765
16595
95
92
85
MT
98
27006
27558
98
97
97
MS
95
7033
7403
95
94
92
GO
97
10282
10600
97
96
97
SP
90
2453
2725
90
95
91
MG
92
4399
4782
92
98
96
BA
99
3206
3239
99
98
96
SC
82
1737
2118
82
90
86
OUT
99
5757
5815
99
98
97
BRASIL (x)
95
91996
97150
95
94
92

     

Obs: (x) Média Ponderada.  (1) Média de 5 anos normais.
 

(*) Percentuais considerando comprometimento dos produtores.

Fonte: SAFRAS & Mercado






Imagens relacionadas

COMERCIALIZAÇÃO ANTECIPADA - SAFRA 2016/17 em % da produção esperada
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EVOLUÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO - SAFRA 2015/16 em % da produção esperada - volumes em mil t.
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Simone Bertelli
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O futuro do agronegócio brasileiro com Trump

Os EUA são muito mais concorrentes do que clientes
Valéria Vilela* 
A vocação para o agronegócio do Brasil mostra que o pais sob o comando de Donald Trump  é  o maior concorrente dos produtores rurais . É importante olhar  dados sobre  o Intercâmbio Comercial do Agronegócio (do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, (dados de  2013), apenas 5% de nossas exportações agrícolas vão para os EUA. A China participa com 24%, a União Europeia com 21% e diversos países com os demais 50%.
Em 2013, o Brasil exportou US$ 86,6 bilhões e importou US$ 12,5 bilhões. Resultou um saldo positivo de US$ 74,1 bilhões. A participação americana no saldo foi de 3,5% e da China de 26,5%.
Do total de importações (US$ 12,5 bilhões), os itens mais significativos foram: trigo (EUA, Argentina, Canadá); bebidas alcoólicas (África do Sul, Chile, Japão, União Europeia); pescados congelados (Chile, Marrocos, Tailândia, Taiwan, Vietnã); óleo de palma e dendê(Colômbia, Indonésia, Malásia).
 Assim,  no Brasil  temos 90% do que vêm da Rússia são Waffles; 50% do Egito, algodão especial para roupas de cama; 60% da Índia, de óleos essenciais, algo que pode parecer estranho.
 Contra o crescimento da produção e da produtividade da próxima safra, 2016,  conforme previsto por Conab e IBGE,  e como se justifica  a queda de 22% (defensivos) e 7% (fertilizantes químicos) em consumos e vendas?
Antes,  os produtores brasileiros  estavam usando e gastando mais do que o necessário? Sustentabilidade é a palavra do agro,  conscientização dos agricultores em reduzir custosas aplicações associando-as a produtos mais baratos, de extrações orgânicas e naturais. Mas a era Trump, vê essa estratégia como uma  ameaça a seus mercados.
O Brasil deve colher 210 milhões de toneladas de grãos, 1,3% a mais do que em 2015. Mesmo com toda a crise, a área plantada crescerá 1% e o valor bruto da produção está estimado em R$ 515,2 bilhões.
Uma das principais revistas do agronegócio brasileiro teve como manchete  “A corrida do milho: demanda explode e faz preço disparar”. Há 20 dias as cotações do mercado futuro, em Nova York e Chicago, para café, soja e milho, não param de subir.

A vitória de Donald Trump está gerando preocupação no mercado global, especialmente em relação à falta de previsibilidade que investidores enxergam no perfil do republicano. O dólar à vista abriu com alta superior a 2% e saiu dos R$ 3,17 para R$3,24 na máxima da manhã . O ambiente de mais nervosismo pode afetar as commodities agrícolas negociadas no mercado futuro internacional, o mercado de câmbio e num futuro próximo há quem veja efeitos na dinâmica do comércio global.
Em consultas com economistas, analistas de mercado e especialistas os temas são os efeitos no mercado de câmbio com tendência de alta para o dólar frente ao real. Como será o mercado de câmbio com análises mais extremistas apontando que a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, pode abandonar o cargo em razão de diferenças com Trump. Além de mais aversão ao risco e demanda por dólares que são considerados ativos mais seguros
 As commodities agrícolas que são consideradas ativos mais arriscados e podem sofrer fuga de capitais, ou seja perder investimentos. Tendo a dinâmica de comércio mundial com expectativa de que Trump seja mais protecionista, o que poderia afetar as negociações internacionais em mercados como a pecuária  brasileira que depois de anos voltou  a exportar carne in natura para os EUA.
 Na cafeicultura o Brasil é um dos principais exportadores do produto para a maior economia do mundo, como serão os efeitos, retração nas compras de alta qualidade ficando a preferencia para os cafés de países que oferecem preços inferiores em qualidade e preço?
O republicano Donald Trump venceu graças a votação maciça que obteve nos estados do cinturão agrícola americano que já recebem incentivos e subsídios.
É preciso ser cauteloso no primeiro momento e audacioso no longo prazo, ir em busca de mercados ainda não explorados e que talvez até desconheçam os produtos agrícolas brasileiros.
*Valéria Vilela é jornalista especializada no agronegócio com ênfase no mercado de café. 


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