Defensivos Agrícolas: Guerra aos Produtos Piratas? E
os Genéricos? E os Alimentos Importados? Falta uma Política Séria!
O Brasil é o segundo maior consumidor de defensivos agrícolas no mundo. No
consumo por área, além dos Americanos que são os maiores consumidores, existem
outros países a frente do nosso país. O mercado do seguimento em 2010 movimentou
mais de R$ 7 bilhões em vendas, aumento de 4,5% em relação ao ano anterior (FAEG,
2011). Parece estar ocorrendo tudo normalmente, mas não, os produtos ilegais
estão invadindo o país. Herbicidas, inseticidas, fungicidas, reguladores de
crescimento, todos ilegais, são encontrados em praticamente todos os estados da
federação.
Mas como isso pode ocorrer? Os produtos ilegais possuem eficiência
agronômica? Como os contrabandistas conseguem transportar carretas de produtos
ilegais a tão longas distâncias da fronteira? Por que são proibidos? Por que
não liberar? Genéricos seria a solução? E os alimentos importados? Como podemos
consumi-los? Muito dos produtos considerados ilegais são utilizados na produção
de alimentos em outros países?
Algumas destas questões possuem respostas ideológicas, outras, da política
de defesa da indústria interna, outras, da propriedade intelectual, etc. Respeito
todas as respostas!
Estes produtos não passaram pela normatização brasileira. Não passaram
pelos rigorosos testes de eficiência, não estão registrados no MAPA, ANVISA,
Ministério da Saúde e por isso não pode ser comercializado no Brasil. Em relação
a isso, não existe discussão.
Então qual a discussão? A discussão refere-se à dificuldade que as
empresas postulantes a concorrente das gigantes do agronegócio possuem em
começar a operar no Brasil? A resposta é bem mais clara: não queremos. Quem não
quer? As Multinacionais.
As políticas governamentais são para defesa do mercado e não para o
interesse da nação: pois políticas devem ser feitas para diminuir a dependência
comercial, para fugir do monopólio e não ao contrário. Pois se os produtos não
podem ser utilizados no Brasil, porque podemos nos alimentar com pêssegos, maçãs,
uvas, milho, canola, etc., produzidos com a utilização destes produtos
proibidos no Brasil.
E as dificuldades que as empresas que comercializam produtos “genéricos”
enfrentam? Por que isso ocorre no Brasil?
Existem várias versões para as questões levantadas nesse texto. Sou defensor
da Indústria que investe no Brasil, dos produtores, dos comerciantes, da
legalidade. Não da mentira travestida de verdade.
Continuarei este assunto no próximo texto!
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