Quando falamos
em pequenas produções agrícolas, geralmente nos vem à cabeça um cenário de
agricultura familiar: os pais fazem o que os pais fizeram antes deles,
esperando que os filhos possam fazer exatamente o mesmo trabalho quando os pais
já estiverem incapacitados de tocar uma plantação ou criação, e assim por
diante. Acontece que no mundo moderno nem sempre os filhos dos pequenos
produtores querem seguir os passos dos pais – e, mesmo se quiserem, muitas
vezes o convívio familiar não basta para entender os processos de gestão de uma
produção que pode ter crescimento e maior significação no futuro.
A dica é que os
pequenos produtores tenham uma boa organização administrativa para que o avanço
tecnológico e a gestão de crescimento seja positiva principalmente no que
concerne a pequenas produções de animais, uma vez que as grandes empresas do
ramo dominam o mercado internacional mas não necessariamente se preocupam com a
subsistência do mercado interno. Aí é que vive a oportunidade de pequenos
produtores de animais, de trigo e outros grãos, e de frutas,
para aquecer o mercado brasileiro e crescer com o passar do tempo.
Para que o
produtor rural de pequeno porte esteja sempre dentro dos padrões de crescimento
e sustentabilidade, é preciso que a gestão da propriedade rural seja feita de
forma segura, desenvolvimentista e atuante. Ninguém nasce sabendo um ofício, e
na agricultura familiar, onde um costume é passado por várias gerações (às
vezes carregando muito tradicionalismo), boas práticas podem ser passadas
juntamente com outras práticas nem tão boas assim. A dica, nesse caso, é que os
produtores, sejam eles de agricultura familiar ou não, procurem por cursos rápidos
(e muitas vezes gratuitos, fornecidos pelas secretarias de agricultura
municipais e estaduais) de gerenciamento de propriedade, pessoal e recursos
tecnológicos. Afinal, para colocar no mercado um bom preço do trigo, ou do gado,
ou da soja, ou do que for produzido pelo pequeno produtor, de forma a gerar
mais lucro em menos tempo, é preciso estudar um pouco as novas nuances do
mercado interno e os processos que levam à otimização de seus serviços.
Reza o senso
comum dos grandes gestores que o pequeno produtor deve, sempre, almejar ser
grande, e cair de cabeça na gestão empreendedora de seu negócio. Alguns
programas, como o “Negócio Certo Rural”, são gratuitos e fornecem as
ferramentas necessárias para que o produtor entenda o empreendedorismo, sua
importância, a importância da inovação de suas atividades e o planejamento
correto da sua administração de negócios com conteúdos básicos, estruturados em
etapas, para que ninguém se perca durante o processo.
É importante
ressaltar que para fazer esses tipos de cursos Brasil afora não é preciso ser
administrador ou gestor por formação universitária, já que nos rincões do
Brasil a agricultura e pecuária se fazem pelo conhecimento tácito, e não por
conta de um diploma de faculdade. A única coisa que o pequeno produtor de grãos
ou de gado deve ter para participar das capacitações é vontade de aprender e
desprendimento de se livrar de técnicas ultrapassadas que podem ser um problema
para o desenvolvimento de sua unidade de negócios. O foco é sempre crescer,
mesmo em pequenas áreas de produção e com pouco pessoal para mão de obra. Dá
para ser feliz em um mundo onde o que você produz, na quantidade que você
produz, abastece o que deve abastecer da sociedade e, principalmente, o bolso
de quem dedica a vida a uma atividade tão nobre quanto a agricultura.
Autor: Luís Antônio P. Oliveira - Muito Mais Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário