segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Pragas atingem 10% da área plantada com milho na China



Infestação de lagartas pode gerar um prejuízo de quatro milhões de toneladas do grão
por Agência Estado

Infestação de lagartas pode comprometer a safra de milho na China e perdas podem chegar a 4 milhões de toneladas
A produção de milho da China em 2012 deve cair abaixo das expectativas anteriores devido a uma infestação de lagartas, o que deve estimular ainda mais a alta dos preços provocada pela estiagem em grandes produtores do grão, como os Estados Unidos.

Alguns analistas preveem que a China possa perder até 4 milhões de toneladas de sua próxima colheita devido às pragas. Assim, a safra somaria 197 milhões de toneladas, ainda um número recorde.

Cerca de 10% da área plantada com milho no país foi atingida por lagartas, que podem devastar lavouras. A infestação é a mais séria em uma década, afirmou o Ministério da Agricultura chinês. A China é o segundo maior consumidor global do grão. Até esta terça-feira (14/8), cerca de 3,3 milhões de hectares haviam sido atingidos, com cerca de 430 mil hectares registrando uma infestação "séria", disse o órgão em nota.

As áreas afetadas incluem as províncias de Heilongjiang, Jilin, Liaoning e Hebei, assim como a região autônoma da Mongólia Interior, disse o ministério. Juntas, essas regiões são responsáveis por cerca de 45% da produção total de milho na China.

O analista Ma Wenfeng, da Beijing Orient Agri-business Consultant, disse que a razão para o alastramento da praga foi o excesso de chuvas. "Isso terá um impacto mínimo no saldo de oferta e demanda de milho na China", disse Ma, lembrando os altos estoques e importações do governo no primeiro semestre de 2012.

O Centro Nacional e Informações sobre Grãos e Óleos revisou nesta quarta-feira (15/8) para baixo sua estimativa para a safra 2012 do país, de 197,5 milhões para 197 milhões de toneladas.

O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) prevê que as importações chinesas em 2012/13 atinjam 5 milhões de toneladas. Mas as compras externas podem ser maiores se as lagartas causarem mais estragos.

O acontecimento favoreceu fabricantes de pesticidas, como a Jiangsu Lanfeng Biochemical e a Shenzhen Noposion Pesticide, cujas ações subiram nos últimos dois dias. 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Pulverização aérea está liberada



O governo federal voltou atrás na decisão que proibia a pulverização aérea de produtos químicos sobre as lavouras. Pelo menos para esta safra, a temporada 2012/13 que tem início no Brasil a partir de setembro com o plantio de soja, em Mato Grosso, poderá ser realizada.

Quatro moléculas (Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil) haviam sido proibidas em meados do mês passado, após um comunicado emitido pelo Ibama sob o argumento de que os ativos dizimavam as abelhas. A decisão contra a formulação de alguns inseticidas havia pego o segmento agrícola de surpresa, já que as compras dos insumos, de sementes aos defensivos, estavam realizadas desde o semestre anterior.

Ontem, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e demais entidades do setor produtivo, como a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), receberam resposta positiva da ministra-chefe da Casa Civil, Gleise Hoffman, às reivindicações feitas em reunião realizada na semana passada sobre o registro de novos agroquímicos para o controle da ferrugem asiática e também para a medida Ibama, que proibiu a pulverização aérea de alguns agroquímicos.

Segundo o senador Cidinho Santos - suplente do senador Blairo Maggi e que intermediou o encontro entre as entidades e a Casa Civil - a ministra Gleise Hoffman informou, por telefone, que o Ibama decidiu retirar o comunicado. Com a decisão, a restrição valerá apenas para as próximas safras, conforme informou Cidinho, na tribuna do Senado, na última quarta-feira.

De acordo com o gestor do Núcleo Técnico da Famato, Eduardo Godoi, a medida dará mais tempo para os produtores se adequarem às novas regras e procurarem produtos alternativos e para que a indústria faça estudos comprovando que a técnica não é nociva às abelhas. Ainda não existem pesquisas no Brasil que efetivamente comprovem que estes ativos prejudicam a polinização. “A aviação agrícola é essencial para a aplicação dos agroquímicos nas lavouras de soja, milho e algodão. Este modelo de aplicação se adequa perfeitamente às propriedades de grande porte, muito comum em Mato Grosso. São mais de 50 produtos que contém em sua composição os ingredientes ativos que o Ibama proibiu e seria impossível que os produtores encontrassem substitutos imediatamente”, explica.

O presidente da Aprosoja/MT, Carlos Fávaro, considerou a liberação para o uso por um ano positiva, mas temporária. “Não vamos ter prejuízo nesta safra e isto é bom. Mas vamos continuar lutando para mostrar, por meio de pesquisas, que não existem danos aos insetos”, explicou.

NOVIDADES - O senador Cidinho Santos disse que a ministra informou que dos dois agroquímicos que estão em análise para o controle da ferrugem asiática - doença causada por um fungo e que afeta as lavouras de soja, ao reduzir a produtividade - um já está em estágio mais avançado de homologação junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Segundo a ministra em um prazo de 30 a 40 dias esse produto estará devidamente autorizado, podendo ser utilizado já na safra 2012/2013”, comenta.

Em relação à autorização da Anvisa, Fávaro acredita que o prazo de 30 a 40 dias pode ser insuficiente para esta safra. “É importante que haja a liberação, mas tememos que os produtores não consigam usar este produto ainda nesta safra”, afirmou. 


Fonte: Diário de Cuiabá - Da Redação

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Pulverização áerea: Proibição do Ibama é debatida em nível ministerial


A discussão agora está em nível ministerial, entre as pastas da Agricultura e do Meio Ambiente. Esse foi o resultado da reunião ocorrida na última sexta-feira (10), em Brasília, sobre a proibição, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA), do uso aviões para a pulverização de quatro tipos de defensivos usados em lavouras no País. O encontro ocorreu no Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA) e, além do presidente do Sindag, Nelson Antônio Paim, e de representantes do IBAMA, contou com a presença de membros das indústrias de defensivos (Syngenta, Basf, Bayer, Rotam, Milenia) da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), do Sindag defensivos (Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos para Defesa Agrícola) e das associações de produtores de soja, cana-de-açúcar, algodão e cítricos.

Conforme Paim, o grupo apresentou ao MAPA e IBAMA as minutas elaboradas pelos sete grupos de trabalho (formados pelas entidades da aviação, produção e defensivos), que discutiram os impactos da medida sobre o setor primário brasileiro. “Aparentemente, os argumentos foram bem aceitos pelo MAPA, que reconheceu a importância da aviação. Esperamos agora que o IBAMA analise melhor os dados e se sensibilize da necessidade de rever a medida”, explica o presidente do Sindag.

ABRANGÊNCIA

A proibição do IBAMA abrange defensivos que tenham os princípios ativos Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina ou Fipronil. Segundo o órgão ambiental, a medida foi motivada pelo fato do produto ser prejudicial às abelhas. Os produtos são usados em lavouras como soja, milho, arroz, algodão, cítricos e outras. E agora não podem ser aplicados por aviões. O que, para o Sindag, é um contrassenso, já que a aviação é justamente a ferramenta mais eficiente e segura para aplicação de defensivos. Além disso, a medida simplesmente inviabilizaria o setor aeroagrícola brasileiro.

A proibição pelo IBAMA abrange também os outros meios de aplicação nas épocas de florada ou na presença de abelhas nas lavouras. Em linhas gerais, o sindicato aeroagrícola apresentou dados da área de lavouras atendidas por aviões no Brasil e reforçou a importância das aeronaves para o controle de pragas em lavouras como cana-de-açúcar, algodão, cítricos e soja. O Sindag também voltou a bater na tecla da segurança e capacidade técnica da aviação e propôs uma conversa entre todos os setores e os produtores de mel, para analisar um manejo que viabilize a convivência da apicultura com as lavouras.
Fonte: SINDAG

Governo vai conceder mais de 17 mil km de rodovias e ferrovias para privatização


O governo anuncia na manhã desta quarta, dia 15, o Programa de Investimentos em Logística para rodovias e ferrovias com o objetivo de estimular uma maior participação da iniciativa privada nos investimentos de infraestrutura no país. Serão concedidos 7,5 mil quilômetros de rodovias e 10 mil quilômetros de ferrovias.

Os investimentos, nos próximos 25 anos, vão somar R$ 133 bilhões, sendo que R$ 79,5 bilhões serão investidos nos primeiros cinco anos. Para as rodovias, o total investido será R$ 42 bilhões e para as ferrovias, o programa de investimentos soma R$ 91 bilhões.

Segundo o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, estão previstas a duplicação dos principais trechos rodoviários do país e a expansão da malha ferroviária brasileira.

– Temos a convicção de que o imperativo para o desenvolvimento acelerado do país é a disponibilização de uma ampla e moderna rede de infraestrutura logística eficiente e a prática de tarifas módicas, custos de operações de transportes baratos – disse Passos.

Nas próximas semanas, serão anunciadas também concessões para portos e aeroportos. Participam do solenidade no Palácio do Planalto, os ministros da Fazenda, Guido Mantega; do Planejamento, Miriam Belchior; de Minas e Energia, Edison Lobão; da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino, e da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt. Estão presentes alguns dos principais empresários do Brasil.

No início da manhã, antes da cerimônia de anúncio, o plano foi apresentado aos representantes das centrais sindicais pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. As medidas também foram discutidas com empresários do setor.
Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A importância do Agronegócio para a economia brasileira


Com todo esse tamanho que o Brasil tem, e todas as suas características naturais específicas que permitem o plantio de diferentes produtos em todos os estados, a agricultura tem por ordem do dia ser uma das atividades econômicas mais rentáveis de todo o país. E o é. O agronegócio brasileiro tem a boa fama de ser moderno, eficiente e competitivo, sendo uma das principais atividades econômicas dentro do território brasileiro que permitem pensar em prosperidade constante, segurança e rentabilidade – tudo de curto, médio e longo prazo, dependendo do produto investido.
O Brasil é também o principal exportador de vários produtos de consumo humano, como a soja, o milho e a farinha de trigo, além de várias frutas tropicais e grãos diversos. A possibilidade de estar sempre entre os primeiros do ranking de exportação desses e de outros tantos produtos se deve ao clima favorável, extremamente diversificado entre uma região e outra, suas chuvas regulares e energia solar abundante em todo o seu território. Com 388 milhões de hectares de terras agricultáveis e férteis espalhados dentro de suas fronteiras, a alta produtividade do nosso agronegócio se deve também à quantidade de água doce dentro dos nossos estados: são nada menos que 13% de toda água doce disponível em todo o planeta, o que leva à exploração do solo para plantio (e 90 milhões de todos aqueles hectares bons para a atividade ainda não foram explorados).
Tais fatores levam o país a um patamar quase que único em todo o mundo: é uma nação com vocação natural para a agropecuária e seus negócios, todos relacionados às suas cadeias produtivas. É por esse motivo que o agronegócio é hoje o principal motor da economia brasileira, respondendo por um real de cada três reais gerados no país. Esse índice alto de rentabilidade faz com que os agricultores, tanto os pequenos quanto os grandes, não se preocupem apenas em plantar e vender, como também estudar seus mercados e suas possibilidades de crescimento, fazendo com que o negócio em torno da agricultura se torne cada vez mais qualificado e, em contrapartida, em constante crescimento, alimentando a roda da economia agrícola brasileira.
O governo brasileiro também já sentiu, há muito tempo, o potencial do agronegócio para a economia brasileira, e não deixa de investir para que os agricultores possam se especializar e capacitar equipes inteiras dentro das suas barreiras de plantio. Não é difícil encontrar incentivos fiscais para a compra de maquinário adequado e capacitação da mão de obra dentro das fazendas, deixando a produção cada vez mais moderna em todas as suas escalas.
Do outro lado da agricultura, nas universidades, o desenvolvimento científico e tecnológico para melhorar a vida de quem produz – e, de quebra, de quem consome – é um dos principais fatores, além da vocação natural, que alavancam as exportações do setor e a oferta crescente de produtos e empregos nas terras agricultáveis do país. Tanto esse desenvolvimento científico-tecnológico quanto a modernização da atividade rural, que pode ser vista e revista através da expansão da indústria de máquinas e implementos agrícolas, e pesquisas de toda a sorte no gênero acadêmico da agricultura, contribuem para fazer do Brasil uma das plataformas do agronegócio mais respeitadas do mundo.
A cotação para a agricultura no Brasil também chega a ser das mais vibrantes: é um negócio que dificilmente vai dar errado, já que tudo converge a favor da plantação e da colheita de bons frutos. Tanto que até mesmo os agricultores familiares vem se desenvolvendo e especializando a sua oferta, fazendo com que pequenas hortas possam se tornar grandes empresas. É por essas e outras que o agronegócio tem uma importância ímpar no Brasil, e está como uma das principais atividades do horizonte econômico brasileiro que inspiram prosperidade e vida longa no mercado de insumos.
PorLuís Antônio P. Oliveira