terça-feira, 27 de novembro de 2012

Por que vamos depender da venda do nosso milho para os chineses?, por Glauber Silveira


Diversos usineiros e produtores de milho da região Centro-Oeste estiveram reunidos em Cuiabá na última sexta-feira. O objetivo foi discutir a implantação de novas usinas flex, já que em Mato Grosso temos uma em funcionamento, na cidade de Campos de Júlio, ou seja, a produção de etanol de milho já é realidade no Brasil.
Mas aí vem sempre a pergunta: por que produzir etanol de milho? Bem, primeiro porque temos aí uma grande oportunidade de consumo do milho agregando valor regional. Para mostrar a oportunidade que estamos perdendo considere que Mato Grosso produziu 13,9 milhões de toneladas de milho, mas só consumiu 2 milhões, ou seja, houve uma sobra de 11,9 milhões de toneladas. Já o estado de Goiás produziu 7,8 milhões de toneladas e consumiu 4 toneladas do grão, sobraram 3,8 milhões de toneladas. Mato Grosso do Sul produziu 5,7 milhões e consumiu 1,3 milhões de toneladas do total, 4,3 milhões de toneladas de produção excedente.
Como podemos observar, a região Centro-Oeste produziu 27,1 milhões de toneladas de milho para um consumo regional de apenas 7,3 milhões. Esse consumo se concentra, principalmente, na avicultura, suinocultura e nos confinamentos de bovinos e que, embora tenha aumentado ano a ano, não tem acompanhando a capacidade de expansão da produção do milho. Sendo assim tem sobrado quase 20 milhões de toneladas do cereal no Centro-Oeste.
Neste ano o Brasil exportou 21 milhões de toneladas de milho, exportação que ocorreu graças à quebra mundial na produção do grão, sobretudo nos Estados Unidos, o que fez com que o Brasil pudesse colocar a preços remuneradores o excedente da produção nos portos, caso contrário teríamos armazéns abarrotados com em anos anteriores. Lembrando que mesmo exportando este volume expressivo, ainda temos milho sobrando no Brasil. O problema é que ele está em Mato Grosso e custa muito caro levar uma carga de milho do Estado para os portos ou para Santa Catarina, onde está faltando.
Na safra de 2011/2012 o Brasil teve uma oferta global de 84,1 milhões de toneladas, incluido estoques de passagem e produção, mas consumiu apenas 52,5, ou seja, sobraram 31,6 milhões de toneladas. E o pior é que no Centro-Oeste poderíamos ter produzido mais 14 milhões de toneladas. Claro que não produzimos porque teríamos um sério problema de preço por dois motivos principais: não teríamos como consumir tudo internamente, além do que teríamos que exportar todo o produto pelas rodovias do Brasil ao custo do frete mais caro do mundo.
Para se ter uma ideia, hoje o milho em Mato Grosso está a um preço médio, em Sorriso, de 18 reais, e custa 14 reais para levá-lo ao porto. Ou seja, a cada três sacas que enviamos ao porto duas são para pagar o frete. Isto logicamente porque nosso transporte é predominantemente rodoviário, se tivéssemos mais ferrovias e hidroviárias e se soubéssemos explorar adequadamente cada modal de acordo com a distância a ser percorrida (curtas de caminhão e longas de trem e barcaças) este custo seria muito menor: a cada três sacas gastaríamos uma em frete ou até menos.
Diante desse cenário, uma das grandes alternativas para agregarmos valor ao milho do Centro-Oeste é utilizá-lo, em parte, nas usinas de cana-de-açúcar onde - com uma ampliação - conseguimos produzir etanol, DDGs e óleo. Hoje com uma tonelada de milho podemos produzir até 240 kg de DDGs (que são os grãos secos de destilaria, produto excelente para ração animal), outros 395 litros de álcool e ainda 20 litros de óleo.
Diversos usineiros estão vislumbrando a produção do etanol de milho, uma vez que agrega valor industrial, possibilita que a usina ao invés de ter atividade industrial por apenas seis meses possa chegar a operar quase o ano todo. Isto, sem dúvida, reduz os custos operacionais do próprio etanol de cana, já que tem outro produto dividindo os custos. Como prova da viabilidade do modelo, já existem duas novas usinas flex em fase de aquisição de equipamentos, uma em Mato Grosso e outra em Goiás.
A produção de etanol de milho regionalmente seria um grande benefício segundo a Célere Consultoria. Para cada 1 milhão de tonelada de milho transformada em etanol e DDGs teríamos uma receita anual de 700 milhões de reais, o que geraria 180 milhões de impostos ao Estado e 150 novos empregos diretos. Sem dúvida, é uma grande iniciativa e que merece apoio do governo.
Este é o questionamento que faço: vamos ficar dependendo da China consumir nosso milho ou vamos fazer como os norte-americanos e encontrar uma alternativa que agregue valor e nos tire da total dependência do mercado externo? Claro que o etanol tem seus problemas, mas qual cadeia neste país não tem?
A nossa prioridade deve ser buscar soluções, cobrar do governo uma política para os biocombustíveis, afinal este governo posa de ambientalista, mas tem sua política voltada ao combustível fóssil e rodovias, e nós brasileiros pagamos a conta perdendo uma grande oportunidade de crescermos e sermos muito mais competitivos. Imaginem o Brasil com ferrovias, hidrovias, uma política energética sustentável com real apoio aos biocombustíveis, sou otimista vamos chegar lá.
GLAUBER SILVEIRA é engenheiro agrônomo, produtor rural, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil). Twitter: @GlauberAprosoja E-mail: glauber@aprosoja.com.br

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Questão Agrária - É preciso Discutir a Divisão

Um tema que sempre levanta discussões acaloradas - algumas vezes sem o devido conhecimento - é  o direito de propriedade do solo. O Brasil precisa atender as reivindicações das diferentes alas da sociedade, mas esbarra na falta de diálogo. Este assunto foi tema de discussão do Programa Canal Livre da Rede Bandeirantes no dia 23/09/2012. Assista a todos os vídeos, e comece a ter um posicionamento com base em informações concretas.
Segue:

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Pragas atingem 10% da área plantada com milho na China



Infestação de lagartas pode gerar um prejuízo de quatro milhões de toneladas do grão
por Agência Estado

Infestação de lagartas pode comprometer a safra de milho na China e perdas podem chegar a 4 milhões de toneladas
A produção de milho da China em 2012 deve cair abaixo das expectativas anteriores devido a uma infestação de lagartas, o que deve estimular ainda mais a alta dos preços provocada pela estiagem em grandes produtores do grão, como os Estados Unidos.

Alguns analistas preveem que a China possa perder até 4 milhões de toneladas de sua próxima colheita devido às pragas. Assim, a safra somaria 197 milhões de toneladas, ainda um número recorde.

Cerca de 10% da área plantada com milho no país foi atingida por lagartas, que podem devastar lavouras. A infestação é a mais séria em uma década, afirmou o Ministério da Agricultura chinês. A China é o segundo maior consumidor global do grão. Até esta terça-feira (14/8), cerca de 3,3 milhões de hectares haviam sido atingidos, com cerca de 430 mil hectares registrando uma infestação "séria", disse o órgão em nota.

As áreas afetadas incluem as províncias de Heilongjiang, Jilin, Liaoning e Hebei, assim como a região autônoma da Mongólia Interior, disse o ministério. Juntas, essas regiões são responsáveis por cerca de 45% da produção total de milho na China.

O analista Ma Wenfeng, da Beijing Orient Agri-business Consultant, disse que a razão para o alastramento da praga foi o excesso de chuvas. "Isso terá um impacto mínimo no saldo de oferta e demanda de milho na China", disse Ma, lembrando os altos estoques e importações do governo no primeiro semestre de 2012.

O Centro Nacional e Informações sobre Grãos e Óleos revisou nesta quarta-feira (15/8) para baixo sua estimativa para a safra 2012 do país, de 197,5 milhões para 197 milhões de toneladas.

O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) prevê que as importações chinesas em 2012/13 atinjam 5 milhões de toneladas. Mas as compras externas podem ser maiores se as lagartas causarem mais estragos.

O acontecimento favoreceu fabricantes de pesticidas, como a Jiangsu Lanfeng Biochemical e a Shenzhen Noposion Pesticide, cujas ações subiram nos últimos dois dias. 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Pulverização aérea está liberada



O governo federal voltou atrás na decisão que proibia a pulverização aérea de produtos químicos sobre as lavouras. Pelo menos para esta safra, a temporada 2012/13 que tem início no Brasil a partir de setembro com o plantio de soja, em Mato Grosso, poderá ser realizada.

Quatro moléculas (Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil) haviam sido proibidas em meados do mês passado, após um comunicado emitido pelo Ibama sob o argumento de que os ativos dizimavam as abelhas. A decisão contra a formulação de alguns inseticidas havia pego o segmento agrícola de surpresa, já que as compras dos insumos, de sementes aos defensivos, estavam realizadas desde o semestre anterior.

Ontem, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e demais entidades do setor produtivo, como a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), receberam resposta positiva da ministra-chefe da Casa Civil, Gleise Hoffman, às reivindicações feitas em reunião realizada na semana passada sobre o registro de novos agroquímicos para o controle da ferrugem asiática e também para a medida Ibama, que proibiu a pulverização aérea de alguns agroquímicos.

Segundo o senador Cidinho Santos - suplente do senador Blairo Maggi e que intermediou o encontro entre as entidades e a Casa Civil - a ministra Gleise Hoffman informou, por telefone, que o Ibama decidiu retirar o comunicado. Com a decisão, a restrição valerá apenas para as próximas safras, conforme informou Cidinho, na tribuna do Senado, na última quarta-feira.

De acordo com o gestor do Núcleo Técnico da Famato, Eduardo Godoi, a medida dará mais tempo para os produtores se adequarem às novas regras e procurarem produtos alternativos e para que a indústria faça estudos comprovando que a técnica não é nociva às abelhas. Ainda não existem pesquisas no Brasil que efetivamente comprovem que estes ativos prejudicam a polinização. “A aviação agrícola é essencial para a aplicação dos agroquímicos nas lavouras de soja, milho e algodão. Este modelo de aplicação se adequa perfeitamente às propriedades de grande porte, muito comum em Mato Grosso. São mais de 50 produtos que contém em sua composição os ingredientes ativos que o Ibama proibiu e seria impossível que os produtores encontrassem substitutos imediatamente”, explica.

O presidente da Aprosoja/MT, Carlos Fávaro, considerou a liberação para o uso por um ano positiva, mas temporária. “Não vamos ter prejuízo nesta safra e isto é bom. Mas vamos continuar lutando para mostrar, por meio de pesquisas, que não existem danos aos insetos”, explicou.

NOVIDADES - O senador Cidinho Santos disse que a ministra informou que dos dois agroquímicos que estão em análise para o controle da ferrugem asiática - doença causada por um fungo e que afeta as lavouras de soja, ao reduzir a produtividade - um já está em estágio mais avançado de homologação junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Segundo a ministra em um prazo de 30 a 40 dias esse produto estará devidamente autorizado, podendo ser utilizado já na safra 2012/2013”, comenta.

Em relação à autorização da Anvisa, Fávaro acredita que o prazo de 30 a 40 dias pode ser insuficiente para esta safra. “É importante que haja a liberação, mas tememos que os produtores não consigam usar este produto ainda nesta safra”, afirmou. 


Fonte: Diário de Cuiabá - Da Redação

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Pulverização áerea: Proibição do Ibama é debatida em nível ministerial


A discussão agora está em nível ministerial, entre as pastas da Agricultura e do Meio Ambiente. Esse foi o resultado da reunião ocorrida na última sexta-feira (10), em Brasília, sobre a proibição, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA), do uso aviões para a pulverização de quatro tipos de defensivos usados em lavouras no País. O encontro ocorreu no Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA) e, além do presidente do Sindag, Nelson Antônio Paim, e de representantes do IBAMA, contou com a presença de membros das indústrias de defensivos (Syngenta, Basf, Bayer, Rotam, Milenia) da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), do Sindag defensivos (Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos para Defesa Agrícola) e das associações de produtores de soja, cana-de-açúcar, algodão e cítricos.

Conforme Paim, o grupo apresentou ao MAPA e IBAMA as minutas elaboradas pelos sete grupos de trabalho (formados pelas entidades da aviação, produção e defensivos), que discutiram os impactos da medida sobre o setor primário brasileiro. “Aparentemente, os argumentos foram bem aceitos pelo MAPA, que reconheceu a importância da aviação. Esperamos agora que o IBAMA analise melhor os dados e se sensibilize da necessidade de rever a medida”, explica o presidente do Sindag.

ABRANGÊNCIA

A proibição do IBAMA abrange defensivos que tenham os princípios ativos Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina ou Fipronil. Segundo o órgão ambiental, a medida foi motivada pelo fato do produto ser prejudicial às abelhas. Os produtos são usados em lavouras como soja, milho, arroz, algodão, cítricos e outras. E agora não podem ser aplicados por aviões. O que, para o Sindag, é um contrassenso, já que a aviação é justamente a ferramenta mais eficiente e segura para aplicação de defensivos. Além disso, a medida simplesmente inviabilizaria o setor aeroagrícola brasileiro.

A proibição pelo IBAMA abrange também os outros meios de aplicação nas épocas de florada ou na presença de abelhas nas lavouras. Em linhas gerais, o sindicato aeroagrícola apresentou dados da área de lavouras atendidas por aviões no Brasil e reforçou a importância das aeronaves para o controle de pragas em lavouras como cana-de-açúcar, algodão, cítricos e soja. O Sindag também voltou a bater na tecla da segurança e capacidade técnica da aviação e propôs uma conversa entre todos os setores e os produtores de mel, para analisar um manejo que viabilize a convivência da apicultura com as lavouras.
Fonte: SINDAG

Governo vai conceder mais de 17 mil km de rodovias e ferrovias para privatização


O governo anuncia na manhã desta quarta, dia 15, o Programa de Investimentos em Logística para rodovias e ferrovias com o objetivo de estimular uma maior participação da iniciativa privada nos investimentos de infraestrutura no país. Serão concedidos 7,5 mil quilômetros de rodovias e 10 mil quilômetros de ferrovias.

Os investimentos, nos próximos 25 anos, vão somar R$ 133 bilhões, sendo que R$ 79,5 bilhões serão investidos nos primeiros cinco anos. Para as rodovias, o total investido será R$ 42 bilhões e para as ferrovias, o programa de investimentos soma R$ 91 bilhões.

Segundo o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, estão previstas a duplicação dos principais trechos rodoviários do país e a expansão da malha ferroviária brasileira.

– Temos a convicção de que o imperativo para o desenvolvimento acelerado do país é a disponibilização de uma ampla e moderna rede de infraestrutura logística eficiente e a prática de tarifas módicas, custos de operações de transportes baratos – disse Passos.

Nas próximas semanas, serão anunciadas também concessões para portos e aeroportos. Participam do solenidade no Palácio do Planalto, os ministros da Fazenda, Guido Mantega; do Planejamento, Miriam Belchior; de Minas e Energia, Edison Lobão; da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino, e da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt. Estão presentes alguns dos principais empresários do Brasil.

No início da manhã, antes da cerimônia de anúncio, o plano foi apresentado aos representantes das centrais sindicais pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. As medidas também foram discutidas com empresários do setor.
Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A importância do Agronegócio para a economia brasileira


Com todo esse tamanho que o Brasil tem, e todas as suas características naturais específicas que permitem o plantio de diferentes produtos em todos os estados, a agricultura tem por ordem do dia ser uma das atividades econômicas mais rentáveis de todo o país. E o é. O agronegócio brasileiro tem a boa fama de ser moderno, eficiente e competitivo, sendo uma das principais atividades econômicas dentro do território brasileiro que permitem pensar em prosperidade constante, segurança e rentabilidade – tudo de curto, médio e longo prazo, dependendo do produto investido.
O Brasil é também o principal exportador de vários produtos de consumo humano, como a soja, o milho e a farinha de trigo, além de várias frutas tropicais e grãos diversos. A possibilidade de estar sempre entre os primeiros do ranking de exportação desses e de outros tantos produtos se deve ao clima favorável, extremamente diversificado entre uma região e outra, suas chuvas regulares e energia solar abundante em todo o seu território. Com 388 milhões de hectares de terras agricultáveis e férteis espalhados dentro de suas fronteiras, a alta produtividade do nosso agronegócio se deve também à quantidade de água doce dentro dos nossos estados: são nada menos que 13% de toda água doce disponível em todo o planeta, o que leva à exploração do solo para plantio (e 90 milhões de todos aqueles hectares bons para a atividade ainda não foram explorados).
Tais fatores levam o país a um patamar quase que único em todo o mundo: é uma nação com vocação natural para a agropecuária e seus negócios, todos relacionados às suas cadeias produtivas. É por esse motivo que o agronegócio é hoje o principal motor da economia brasileira, respondendo por um real de cada três reais gerados no país. Esse índice alto de rentabilidade faz com que os agricultores, tanto os pequenos quanto os grandes, não se preocupem apenas em plantar e vender, como também estudar seus mercados e suas possibilidades de crescimento, fazendo com que o negócio em torno da agricultura se torne cada vez mais qualificado e, em contrapartida, em constante crescimento, alimentando a roda da economia agrícola brasileira.
O governo brasileiro também já sentiu, há muito tempo, o potencial do agronegócio para a economia brasileira, e não deixa de investir para que os agricultores possam se especializar e capacitar equipes inteiras dentro das suas barreiras de plantio. Não é difícil encontrar incentivos fiscais para a compra de maquinário adequado e capacitação da mão de obra dentro das fazendas, deixando a produção cada vez mais moderna em todas as suas escalas.
Do outro lado da agricultura, nas universidades, o desenvolvimento científico e tecnológico para melhorar a vida de quem produz – e, de quebra, de quem consome – é um dos principais fatores, além da vocação natural, que alavancam as exportações do setor e a oferta crescente de produtos e empregos nas terras agricultáveis do país. Tanto esse desenvolvimento científico-tecnológico quanto a modernização da atividade rural, que pode ser vista e revista através da expansão da indústria de máquinas e implementos agrícolas, e pesquisas de toda a sorte no gênero acadêmico da agricultura, contribuem para fazer do Brasil uma das plataformas do agronegócio mais respeitadas do mundo.
A cotação para a agricultura no Brasil também chega a ser das mais vibrantes: é um negócio que dificilmente vai dar errado, já que tudo converge a favor da plantação e da colheita de bons frutos. Tanto que até mesmo os agricultores familiares vem se desenvolvendo e especializando a sua oferta, fazendo com que pequenas hortas possam se tornar grandes empresas. É por essas e outras que o agronegócio tem uma importância ímpar no Brasil, e está como uma das principais atividades do horizonte econômico brasileiro que inspiram prosperidade e vida longa no mercado de insumos.
PorLuís Antônio P. Oliveira

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Logística para pequenos produtores. Dicas importantes


Pequenos e médios produtores representam um contingente de 80% de produção de frutas para o mercado interno brasileiro – e é possível que logo atinjam a mesma porcentagem no que diz respeito a grãos de milho, trigo e soja. Apesar de serem fortes no abastecimento local, ainda há muito o que melhorar nas questões de logística para que esses produtores tenham a possibilidade de conquistar, também, o mercado internacional – o que significaria um franco crescimento na sua ordem de negócios.
Na logística de produção e cultivo de um pequeno produtor, que representa uma grande fatia do motor da economia brasileira de agronegócio, todas as etapas da cultura devem ser levadas em consideração para que o negócio seja sempre rentável, até nos conhecidos tempos de vacas magras. Uma das primeiras atitudes a se tomar é reavaliar o custo-benefício das sementes usadas no plantio e, se for o caso, mudar de fornecedor para essa finalidade.
Outra etapa importante da logística deve ser feita em parceria com a secretaria de agricultura do município: investimento e incentivo para a aquisição de maquinário com maior poderio tecnológico. Em logísticas ultrapassadas ainda se usa maquinário específico para atender a pequenos produtores, ao invés de grandes tratores, retroescavadeiras e outras máquinas de campo – o que dificultava a produção e fazia com que o cultivo demorasse dias a mais do que o habitual. Mudando esse aparato de trabalho é possível produzir mais em menos tempo e mudar para melhor, também, a logística de atendimento nos pontos de venda. Esse tipo de mudança significa melhoria de vida dos produtores e de quem trabalha com eles, já que com um maquinário melhor a mão de obra pode ser muito mais rápida, eficaz e leve do que o usual.
A dica é sempre procurar por incentivos vindos das secretarias de agricultura para melhorar a logística dos pequenos e médios produtores para agronegócios, já que é de total interesse do município e do estado que a produção agrícola na região se fortaleça e dê uma boa alavancada. Além do maquinário, que geralmente facilita individualmente o preparo do solo para plantações, há também o reparo das estradas vicinais, pois é preciso também apostar na melhoria da logística do transporte que vai ser responsável pelo escoamento da produção.  
A melhoria do transporte também é, quase sempre, um passo dado, primeiramente, pelos órgãos governamentais. Ano passado, por exemplo, pequenos produtores da região de Leite de Iguatemi receberam da prefeitura um caminhão tanque resfriador para transporte da produção de leite, a fim de garantir o escoamento correto dos produtos da região. A conquista foi possível através de emenda federal, vinda do Ministério do Desenvolvimento Agrário, e pode contemplar regiões e produções diferentes em todo o país – basta que o município ou estado peça “a parte que lhe cabe nesse latifúndio”.
E o transporte é uma questão logística de muita importância em um cenário onde todos os produtores, pequenos, médios ou grandes, são prejudicados pelas condições inadequadas e longitude entre regiões das estradas brasileiras. Muito se perde da colheita até a cidade, fazendo com que a própria produção diminua seu ritmo. Essa talvez seja a aba logística que mereça mais atenção por parte dos pequenos produtores, já que levar ao consumidor um produto fresco é uma das maiores qualidades das produções referência em hortifruti. E nisso, como em todas as outras questões, os órgãos de estado devem aparecer como totais apoiadores das iniciativas agrícolas, das menores às maiores escalas de produção e cultivo. 

Por: Luís Antônio P. Oliveira

terça-feira, 17 de abril de 2012

Bayer e Nações Unidas abrem inscrições para a 9ª edição do Programa Jovens Embaixadores Ambientais


Bayer e Nações Unidas abrem inscrições para a 9ª edição do Programa Jovens Embaixadores Ambientais

Oito estudantes engajados em projetos socioambientais receberão prêmios de até R$ 15 mil, a serem convertidos para o projeto. Votação no Facebook também é novidade no processo de seleção dos ganhadores.


Estão abertas as inscrições para a edição 2012 do Programa Jovens Embaixadores Ambientais, uma parceria mundial entre a Bayer e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Para se inscrever, o jovem deve acessar o site bayerjovens.com.br até 29 de junho de 2012 e descrever o projeto socioambiental do qual participa, incluindo quais atividades realiza, os benefícios da iniciativa e resultados alcançados.

O concurso oferece duas premiações – uma no Brasil e outra na Alemanha – com o objetivo de reconhecer as melhores práticas socioambientais entre jovens e traz novidades: na edição 2012, os oito estudantes ganhadores receberão prêmios que variam de R$ 2 mil a R$ 15 mil, de acordo com a classificação individual, convertidos em bolsas de estudos ou mercadorias para o projeto. Adicionalmente, os jovens premiados no Brasil terão a oportunidade de conhecer um destino ecológico com boas práticas na área de sustentabilidade no País. Já os estudantes premiados e com fluência em inglês terão a oportunidade de participar de uma semana de atividades em Leverkusen, cidade sede da Bayer, na Alemanha. O programa também proporciona aos premiados conhecimentos sobre boas práticas na área de sustentabilidade, além da troca de experiências com os vencedores de outros 18 países da América Latina, Ásia e África. Nas suas premiações, todas as despesas da viagem serão pagas pela Bayer.

Os pré-requisitos para participar do Programa são: ter idade entre 18 e 24 anos, estar regularmente matriculado no ensino médio, cursos universitários ou de pós-graduação reconhecidos pelo MEC e participar ativamente de projetos socioambientais. O projeto pode ser uma iniciativa própria ou conduzida por intermédio da iniciativa privada, de associações, entidades e/ou Organizações Não Governamentais (ONGs).

Votação no Facebook pode ampliar nota dos projetos – Outra novidade na edição 2012 do Programa Bayer Jovens Embaixadores Ambientais é a ampliação do processo de seleção dos vencedores. Agora, os estudantes podem promover uma votação no Facebook, que pode ajudar a ampliar a nota de seu projeto na classificação final. Após se inscrever no Programa, o estudante será convidado a acessar a página Bayer Jovens no Facebook – www.facebook.com.br/bayerjovens – e fazer um rápido cadastro de seu projeto. Além de um descritivo, pode incluir imagens e até mesmo um vídeo. Depois, é só movimentar sua rede de relacionamento para a votação, que será feita por meio do recurso “Curtir” do Facebook. Os dez projetos mais “curtidos” nessa página ganharão pontos extras que podem fazer a diferença na nomeação dos vencedores.

Assim como em anos anteriores, o Programa conta com uma comissão julgadora formada por profissionais especializados nas áreas de responsabilidade social e meio ambiente. Esse grupo atribui notas em uma escala de 0 a 100 a cada projeto nos quesitos contribuição do projeto para a preservação do meio ambiente, participação do estudante para o desenvolvimento da iniciativa, resultados socioambientais obtidos ou esperados com o projeto e a possibilidade de sua adequação em maior escala. Os pontos extras gerados na votação via Facebook serão acrescidos a essa nota do jurado. Na etapa final, os oito projetos com as notas mais altas serão visitados por profissionais da Bayer e os jovens entrevistados para averiguar a veracidade do projeto apresentado.

O Programa Bayer Jovens Embaixadores Ambientais é realizado desde 1998 e já premiou cerca de 500 jovens de 18 países. A Bayer foi a primeira empresa a fazer uma parceria mundial de longo prazo com o PNUMA na área da juventude e do meio ambiente. Anualmente, a empresa destina ao PNUMA cerca de € 1,2 milhão.
Para saber mais sobre o Programa e conhecer o regulamento completo, acesse www.bayerjovens.com.br

Atenciosamente,
Ana Carolina Bulhões | Intern
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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Dicas de Organização Administrativa para Pequenos Produtores



Quando falamos em pequenas produções agrícolas, geralmente nos vem à cabeça um cenário de agricultura familiar: os pais fazem o que os pais fizeram antes deles, esperando que os filhos possam fazer exatamente o mesmo trabalho quando os pais já estiverem incapacitados de tocar uma plantação ou criação, e assim por diante. Acontece que no mundo moderno nem sempre os filhos dos pequenos produtores querem seguir os passos dos pais – e, mesmo se quiserem, muitas vezes o convívio familiar não basta para entender os processos de gestão de uma produção que pode ter crescimento e maior significação no futuro.
A dica é que os pequenos produtores tenham uma boa organização administrativa para que o avanço tecnológico e a gestão de crescimento seja positiva principalmente no que concerne a pequenas produções de animais, uma vez que as grandes empresas do ramo dominam o mercado internacional mas não necessariamente se preocupam com a subsistência do mercado interno. Aí é que vive a oportunidade de pequenos produtores de animais, de trigo e outros grãos, e de frutas, para aquecer o mercado brasileiro e crescer com o passar do tempo.
Para que o produtor rural de pequeno porte esteja sempre dentro dos padrões de crescimento e sustentabilidade, é preciso que a gestão da propriedade rural seja feita de forma segura, desenvolvimentista e atuante. Ninguém nasce sabendo um ofício, e na agricultura familiar, onde um costume é passado por várias gerações (às vezes carregando muito tradicionalismo), boas práticas podem ser passadas juntamente com outras práticas nem tão boas assim. A dica, nesse caso, é que os produtores, sejam eles de agricultura familiar ou não, procurem por cursos rápidos (e muitas vezes gratuitos, fornecidos pelas secretarias de agricultura municipais e estaduais) de gerenciamento de propriedade, pessoal e recursos tecnológicos. Afinal, para colocar no mercado um bom preço do trigo, ou do gado, ou da soja, ou do que for produzido pelo pequeno produtor, de forma a gerar mais lucro em menos tempo, é preciso estudar um pouco as novas nuances do mercado interno e os processos que levam à otimização de seus serviços.
Reza o senso comum dos grandes gestores que o pequeno produtor deve, sempre, almejar ser grande, e cair de cabeça na gestão empreendedora de seu negócio. Alguns programas, como o “Negócio Certo Rural”, são gratuitos e fornecem as ferramentas necessárias para que o produtor entenda o empreendedorismo, sua importância, a importância da inovação de suas atividades e o planejamento correto da sua administração de negócios com conteúdos básicos, estruturados em etapas, para que ninguém se perca durante o processo.
É importante ressaltar que para fazer esses tipos de cursos Brasil afora não é preciso ser administrador ou gestor por formação universitária, já que nos rincões do Brasil a agricultura e pecuária se fazem pelo conhecimento tácito, e não por conta de um diploma de faculdade. A única coisa que o pequeno produtor de grãos ou de gado deve ter para participar das capacitações é vontade de aprender e desprendimento de se livrar de técnicas ultrapassadas que podem ser um problema para o desenvolvimento de sua unidade de negócios. O foco é sempre crescer, mesmo em pequenas áreas de produção e com pouco pessoal para mão de obra. Dá para ser feliz em um mundo onde o que você produz, na quantidade que você produz, abastece o que deve abastecer da sociedade e, principalmente, o bolso de quem dedica a vida a uma atividade tão nobre quanto a agricultura.
Autor: Luís Antônio P. Oliveira - Muito Mais Digital

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Usina Belo Monte: Sergio Marone! O que você quer com isso?

             No dia 23/2/12, embora não acreditando, assisti uma entrevista com Sérgio Marone sobre a Usina Belo Monte, fiquei chocado, admito que não esperava tamanha coragem deste rapaz.
Desde criança aprendi a não falar o que não sei, imagina fazer isso para milhares de pessoas? Nem pensar!! Mas ele teve esta coragem! O resultado foi calamitoso: idéias infundadas, desprezo aos estudos científicos, e uma falsa humildade ao comentar os assuntos. Pior ainda, o apresentador levantando a bola para o ator opinar, fiquei admirado com a falta de responsabilidade destas pessoas com assuntos tão importantes para a nação. No final o apresentador e ator ainda comentaram a respeito de outras "personalidades" como Di Caprio, Cameron, etc., estarem a favor desta (falsa) causa. Apenas uma pergunta: oque essas pessoas sabem do Brasil?
Abaixo um texto muito interessante sobre este assunto.


Os Belos e Belo Monte

Marcelo Carneiro da Cunha
De São Paulo
Pois estimados leitores cá estamos, dependendo de onde estamos. Se estivermos em São Paulo, por exemplo, podemos aproveitar das maravilhas da Balada Literária, a criação do Marcelino Freire para mostrar que evento de literatura pode, sim, pode, ser muito legal, ter altíssima qualidade, e, ora vejam, ser grátis. Basta querer que todo mundo que queira entrar entre, não é mesmo?
E entre um momento e outro da Balada cá estava eu, ciscando no Tuiti e pronto, fui atingido por um vídeo gravado por muitos atores globais baixando o cacete na hidrelétrica de Belo Monte, garantindo que ela é o mal sobre a Terra, o exu, o capeta, o diabo em sua versão mais úmida, e eu me pergunto, como eles sabem de tudo isso? E mais, por que o vídeo deles é igual a um americano, dirigido pelo Spielberg para fazer os americanos tirarem a bunda do sofazão e irem votar?
Por que atores globais fizeram um vídeo contra? Eu não tenho nada contra atores globais, fora o sotaque e a mania de fazerem teatro comercial, mas não tenho nada a favor. Pra mim, são tão ignorantes em assuntos de represas no Pará como quase todo mundo com quem eu falei antes de escrever essa coluna, se bem que, admitamos, muito mais fotogênicos. Mas, mesmo sendo pra lá de mais bonitos e reconhecíveis do que eu ou o senhor aqui ao lado, eles falam tanta besteira quanto qualquer um, e isso me irrita. Energia eólica é mais limpa? Alguém já viu um parque eólico, que por demandar vento costuma ficar no litoral, onde também ficam as praias? Importante, necessário, talvez melhor, mas, limpo? Defina limpeza aí, seu global, porque eu talvez ache uma represa cheia de água no meio de uma floresta cheia de água algo mais natural do que cataventos altíssimos transformando por completo uma paisagem que antes era perfeita. Solar? Estimado espécime global, sua senhoria faz idéia da área necessária para produzir 100 megawatts de energia solar? Eu sei, e é um monte de área, que não vai servir para mais nada, montes de recursos, dinheiro pra caramba, e ainda temos os enormes custos de manutenção. Belo Monte são 11 mil megawatts, senhor ou senhora global. Faça as contas antes de vir ler texto dado por sei lá quem, e talvez eu realmente leve a sério o que dizem, o que o senhor ou senhora talvez mereçam, desde que trabalhem para isso.
Os bonitinhos dizem que Belo Monte vai criar um baita lago e afogar a floresta. Eu, feinho, fui estudar. O lago da represa vai ocupar uma área de 516 km2, me informa o Google. O mesmo Google me diz que o estado do Pará possui uma área de 1.247.689,515 km2. O que deve querer dizer que o lago a ser formado vai ocupar uma área equivalente a 1/2400 da área do estado do Pará, que por sua vez é um estado com 7 milhões de habitantes, com dois milhões deles morando em Belém e todos participando do Círio de Nazaré, pelo que vejo. Ou seja, uma represa vai alagar uma área de 1/2400, ou nada por cento, de um estado basicamente vazio e isso se torna um problema por que mesmo? Não dêem texto, provem. Do jeito que vocês falam, encenando, eu não tomo como sério o que é dito. A moça vem e diz "24 bilhões" e soa como o Dr. Evil falando "One billion dollars" com o dedinho na boca. Dona, diga aí qual é o PIB brasileiro em 2010, e quantos por cento do nosso PIB, a nossa riqueza nacional, a hidrelétrica vai custar, diluída por 50 anos? Vosmecê sabe? Ó aqui a minha boquinha enquanto ela diz, assim: D-U-V-I-D-O.
Leitores, me irrita, e muito, essa tentativa de fazer a minha cabeça por processos tão rudimentares. Se querem, mandem coisa melhor e terão toda a minha atenção. Isso aí é manipulação tola, boba, mesmo que muito bem intencionada. Isso tem cara de ONG que consegue apoio de um publicitário bonzinho e muita gente bacana e vamos lá, salvar as baleias do Xingu. Pois me irrita pra caramba, pelo desrespeito para comigo, que vivo no mundo real, não dos comerciais sejam eles do governo ou de ONGs. Eu não sou uma baleia, acho.
Eu vivo em uma sociedade industrial, que pode abrir mão de muitas coisas e do bom senso quase o tempo inteiro, mas não resiste a umas poucas horas sem energia. Vira gelo, sem gelo pro uísque. Vira fogo sem ar condicionado para resolver a vida na fornalha. Vira uma luta pelo pedaço de pão mais próximo, vira a impossibilidade de chegar até a nossa casa. Podemos ficar sem quase tudo, e eu poderia ficar muito bem sem axé, o Malafaia e a lasanha congelada, mas não podemos ficar sem energia. Podemos e devemos economizar energia. Podemos e devemos desenvolver energias renováveis, e o faremos. Podemos e devemos esquecer a maluquice de construir Angras 3, 4 o escambau, mas não o faremos. Angra 3 ou 4 são muito, muito piores do que qualquer Belo Monte e certamente piores do que Fukushima, especialmente se ficarem no Rio, que, digamos, não é o Japão.
Mas para chegarmos até as novas energias, precisamos de energia da que se produz agora e o resto é, infelizmente, poesia. Não a qualquer custo, mas a custos que valha a pena pagar. E essa avaliação tem que ser muito, mas muito racional e justa do que eu vejo nos youtubes que vêm e vão.
Se vamos escapar do fogo ou do gelo, é pela inteligência, como sempre foi e será. E desse debate, por tudo que eu vi, ela está longe, muito longe, muito mais longe do que o Pará, e muito menos inteligente do que precisa ser para ser.

Marcelo Carneiro da Cunha é escritor e jornalista. Escreveu o argumento do curta-metragem "O Branco", premiado em Berlim e outros importantes festivais. Entre outros, publicou o livro de contos "Simples" e o romance "O Nosso Juiz", pela editora Record. Acaba de escrever o romance "Depois do Sexo", que foi publicado em junho pela Record. Dois longas-metragens estão sendo produzidos a partir de seus romances "Insônia" e "Antes que o Mundo Acabe", publicados pela editora Projeto.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Seca no Sul do Brasil: Agricultura Depende do Clima!

        A situação é caótica em algumas regiões do Sul do Brasil devido a seca nesta safra 2011/2012. Muitas vezes somos enganados por "falsas" previsões de produção por analistas que preveem pequenas perdas na safra de soja e milho de 2012, sendo que a situação atual no campo é preocupante. No sul de MS, Paraná e RS as perdas podem ser consideradas graves    neste momento da safra, podendo piorar caso não ocorram precipitações em curto prazo.  A entrevista concedida hoje pelo produtor Rodinei Dalla Rosa de Santo Angelo-RS foi dramática e sincera, ele conseguiu demonstrar em poucos minutos o que realmente está ocorrendo nas lavouras de algumas regiões do Sul do Brasil (Confira a entrevista:  http://www.youtube.com/watch?v=h92Di9CToBk&feature=player_embedded ).
        E agora? Como os produtores conseguirão continuar com sua atividade econômica? 
       Isso ocorre praticamente todos os anos no Brasil com maior ou menor intensidade. Para os produtores a dificuldade permanece e o endividamento é a consequência lógica.  
      Mais uma vez o sistema produtivo fica com as contas sem pagar e sem nenhuma ajuda do governo. A dificuldade de produzir no Brasil é impressionante, não existe nenhuma explicação cabível a essa postura dos governantes em relação a classe que mais ajuda o desenvolvimento do Brasil .
     Agora o que resta aos produtores é tentar negociar as dívidas adquiridas nesta safra, sabendo que a dificuldade será enorme. Ah e Claro!! Sem esquecer que o produtor será acusado de caloteiro pela imprensa em algum momento.  
Agora fica a esperança que as condições climáticas melhorem para a próxima safra, uma vez que esta safra está comprometida.  
Izidro

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Seca no Sul do Brasil









A safra 2011-2012 no sul do Brasil (sul do MS, PR, SC e RS) está comprometida, acima algumas imagens de diferentes sites comentando sobre a seca.
Vamos continuar até o final da safra acompanhando esta tristeza para fazer um balanço final sobre o assunto.
Izidro

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Código Florestal Brasileiro: Algumas informações!!


PARA: Organizações Sociais Missionárias no Brasil

1- Como resultado dos congressos realizados neste e no ano passado, englobando 12 organismos científicos dedicados aos estudos das populações minoritárias do mundo, emitimos estas diretrizes, por delegação de poderes, com total unanimidade de votos menos um dos presentes ao "I Simposium Mundial sobre Divergências Interétnicas na América do Sul".

2- São líderes deste movimento: a) Le Comité International de La Defense de l`Amazonie; b) Inter-American Indian Institutec) The International EthnicalSurvival; d) The International Cultural Survival; e) Workgroup for Indinenous Affairs; f) The Berna-Geneve Ethnical Institute e este Conselho Coordenador.

3 - Foram contemplados com diretrizes específicas os seguintes países: Venezuela n.º 1, Colômbia n.º 2; Perú n.º 3; Brasil n.º 4, cabendo a Diretriz n.º 5 aos demais países da América do Sul.

DIRETRIZES

A - A AMAZÔNIA TOTAL, CUJA MAIOR ÁREA FICA NO BRASIL, MAS COMPREENDENDO TAMBÉM PARTE DOS TERRITÓRIOS VENEZUELANO, COLOMBIANO E PERUANO, É CONSIDERADA POR NÓS COMO UM PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE. A POSSE DESSA IMENSA ÁREA PELOS PAÍSES MENCIONADOS É MERAMENTE CIRCUNSTANCIAL, NÃO SÓ POR DECISÃO DE TODOS OS ORGANISMOS PRESENTES AO SIMPÓSIO COMO TAMBÉM PORDECISÃO FILOSÓFICA DOS MAIS DE MIL MEMBROS QUE COMPÕEM OS DIVERSOS CONSELHOS DE DEFESA DOS ÍNDIOS E DO MEIO AMBIENTE.

B - É NOSSO DEVER: PREVENIR, IMPEDIR, LUTAR, INSISTIR, CONVENCER, ENFIM ESGOTAR TODOS OS RECURSOS QUE, DEVIDA OU INDEVIDAMENTE, POSSAM REDUNDAR NA DEFESA, NA SEGURANÇA, NA PRESERVAÇÃO DESSE IMENSO TERRITÓRIO E DOS SERES HUMANOS QUE O HABITAM E QUE SÃO PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE E NÃO PATRIMÔNIO DOS PAÍSES CUJOS TERRITÓRIOS, PRETENSAMENTE, DIZEM LHES PERTENCER.

C - É nosso dever: impedir em qualquer caso a agressão contra toda a área amazônica, quando essa se caracterizar pela construção de estradas, campos de pouso, principalmente quando destinados a atividades de garimpo, barragens de qualquer tipo ou tamanho, obras de fronteiras civis ou militares, tais como quartéis, estradas, limpeza de faixas, campos de pouso militares e outros que signifiquem a tentativa ou do que a civilização chama de progresso.

D - É NOSSO DEVER MANTER A FLORESTA AMAZÔNICA E OS SERES QUE NELA VIVEM, COMO OS ÍNDIOS, OS ANIMAIS SILVESTRES E OS ELEMENTOS ECOLÓGICOS, NO ESTADO EM QUE A NATUREZA OS DEIXOU ANTES DA CHEGADA DOS EUROPEUS. PARA TANTO É NOSSO DEVER EVITAR A FORMAÇÃO DE PASTAGENS, FAZENDAS, PLANTAÇÕES E CULTURAS DE QUALQUER TIPO QUE POSSAM SER CONSIDERADAS COMO AGRESSÃO AO MEIO.

E- É NOSSO PRINCIPAL DEVER, PRESERVAR A UNIDADE DAS VÁRIAS NAÇÕES INDÍGENAS QUE VIVEM NO TERRITÓRIO AMAZÔNICO, PROVAVELMENTE HÁ MILÊNIOS. É NOSSO DEVER EVITAR O FRACIONAMENTO DO TERRITÓRIO DESSAS NAÇÕES, PRINCIPALMENTE POR MEIO DE OBRAS DE QUALQUER NATUREZA, TAIS COMO ESTRADAS PÚBLICAS OU PRIVADAS, OU AINDA ALARGAMENTO, POR LIMPEZA OU DESMATAMENTO, DE FAIXAS DE FRONTEIRA, CONSTRUÇÃO DE CAMPOS DE POUSO EM SEUS TERRITÓRIOS. É NOSSO DEVER CONSIDERAR COMO MEIO NATURAL DE LOCOMOÇÃO EM TAIS ÁREAS, APENAS OS CURSOS D`ÁGUA EM GERAL, DESDE QUE NAVEGÁVEIS. É NOSSO DEVER PERMITIRAPENAS O TRÁFEGO COM ANIMAIS DE CARGA, POR TRILHAS NA FLORESTA, DE PREFERÊNCIA AS FORMADAS POR SILVÍCOLAS.

F - É NOSSO DEVER DEFINIR, MARCAR, MEDIR, UNIR, EXPANDIR, CONSOLIDAR, INDEPENDER POR RESTRIÇÃO DE SOBERANIA, AS ÁREAS OCUPADAS PELOS INDÍGENAS, CONSIDERANDO-AS SUAS NAÇÕES. É NOSSO DEVER PROMOVER A REUNIÃO DAS NAÇÕES INDÍGENAS EM UNIÕES DE NAÇÕES, DANDO-LHES FORMA JURÍDICA DEFINIDA. A FORMA JURÍDICA A SER DADA A TAIS NAÇÕES INCLUIRÁ A PROPRIEDADE DA TERRA, QUE DEVERÁ COMPREENDER O SOLO, O SUBSOLO E TUDO QUE NELES EXISTIR, TANTO EM FORMA DE RECURSOSNATURAIS RENOVÁVEIS COMO NÃO RENOVÁVEIS. É NOSSO DEVER PRESERVAR E EVITAR, EM CARÁTER DE URGÊNCIA, ATÉ QUE NOVAS NAÇÕES ESTEJAM ESTRUTURADAS, QUALQUER AÇÃO DE MINERAÇÃO, GARIMPAGEM, CONSTRUÇÃO DE ESTRADAS, FORMAÇÃO DE VILAS, FAZENDAS, PLANTAÇÕES DE QUALQUER NATUREZA, ENFIM QUALQUER AÇÃO DOS GOVERNOS DAS NAÇÕES COMPREENDIDAS NO ITEM 3 DESTA.

G - É NOSSO DEVER: A PESQUISA, A IDENTIFICAÇÃO E A FORMAÇÃO DE LÍDERES QUE SE UNAM À NOSSA CAUSA, QUE É A SUA CAUSA. É NOSSO DEVER PRINCIPAL TRANSFORMAR TAIS LÍDERES EM LÍDERES NACIONAIS DESSAS NAÇÕES. É NOSSO DEVER IDENTIFICAR PERSONALIDADES PODEROSAS, APTAS A DEFENDER OS SEUS DIREITOS A QUALQUER PREÇO E QUE POSSAM AO MESMO TEMPO LIDERAR OS SEUS COMANDADOS, SEM RESTRIÇÕES.

H - É NOSSO DEVER EXERCER FORTE PRESSÃO JUNTO ÀS AUTORIDADES LOCAIS DESSE PAÍS, PARA QUE NÃO SÓ RESPEITEM O NOSSO OBJETIVO, MAS O COMPREENDA, APOIANDO-NOS EM TODAS AS NOSSAS DIRETRIZES. É NOSSO DEVER CONSEGUIR O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL EMENDAS CONSTITUCIONAIS NO BRASIL, VENEZUELA E COLÔMBIA, PARA QUE OS OBJETIVOS DESTAS DIRETRIZES SEJAM GARANTIDAS POR PRECEITOS CONSTITUCIONAIS.

I - É NOSSO DEVER GARANTIR A PRESERVAÇÃO DO TERRITÓRIO DA AMAZÔNIA E DE SEUS HABITANTES ABORÍGENES, PARA O SEU DESFRUTE PELAS GRANDES CIVILIZAÇÕES EUROPÉIAS, CUJAS ÁREAS NATURAIS ESTEJAM REDUZIDAS A UM LIMITE CRÍTICO.

PARA QUE AS DIRETRIZES AQUI ESTABELECIDAS SEJAM CONCRETIZADAS E CUMPRIDAS, COM BASE NO ACORDO GERAL DE JULHO PASSADO, É PRECISO TER SEMPRE EM MENTE O SEGUINTE:

a) ANGARIAR O MAIOR NÚMERO POSSÍVEL DE SIMPATIZANTES, PRINCIPALMENTE ENTRE PESSOAS ILUSTRES, COMO É O CASO DE GILBERTO FREIRE NO BRASIL, BEM COMO E PRINCIPALMENTE ENTRE POLÍTICOS, SOCIÓLOGOS, ANTROPÓLOGOS, GEÓLOGOS, AUTORIDADES GOVERNAMENTAIS, INDIGENISTAS E OUTROS DE IMPORTANTE INFLUÊNCIA, COMO É O CASO DE JORNALISTAS E SEUS VEÍCULOS DE IMPRENSA. CADA SIMPATIZANTE DEVE SER INSTRUÍDO PARA QUE CONSIGA MAIS 10, ESSES 10 E CADA UM DELES MAIS 10 E ASSIM SUCESSIVAMENTE, ATÉ FORMARMOS UM CORPO DE SIMPATIZANTES DE GRANDE VALOR.

b) MAXIMIZAR NA MEDIDA DO POSSÍVEL, A CARGA DE INFORMAÇÕES, APERFEIÇOAR O CENTRO ECUMÊNICO DE DOCUMENTAÇÃO E, A PARTIR DELE, ALIMENTAR OS PAÍSES E SEUS VEÍCULOS DE DIVULGAÇÃO COM TODA SORTE DE INFORMAÇÕES.

c) ENFATIZAR O LADO HUMANO, SENSÍVEL DAS COMUNICAÇÕES PERMITINDO QUE O OBJETIVO BÁSICO PERMANEÇA EMBUTIDO NO BOJO DA COMUNICAÇÃO, EVITANDO DISCUSSÕES EM TORNO DO TEMA. NO CASO DOS PAÍSES ABRANGIDOS POR ESTAS DIRETRIZES, É PRECISO LEVAR EM CONSIDERAÇÃO A POUCACULTURA DE SEUS POVOS, A POUCA PERSPICÁCIA DE SEUS POLÍTICOS ÁVIDOS POR VOTOS QUE A IGREJA PROMETERÁ EM ABUNDÂNCIA.

d) CRITICAR TODOS OS ATOS GOVERNAMENTAIS E DE AUTORIDADES EM GERAL, DE TAL MODO QUE NOSSO IDEAL CONTINUE PRESENTE EM TODOS OS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO DOS PAÍSES AMAZÔNICOS, PRINCIPALMENTE DO BRASIL, SEMPRE QUE OCORRA UMA AGRESSÃO À AMAZÔNIA E ÀS SUAS POPULAÇÕES INDÍGENAS.

e) EDUCAR E ENSINAR A LER OS POVOS INDÍGENAS, EM SUAS LÍNGUAS MATERNAS, INCUTINDO-LHES CORAGEM, DETERMINAÇÃO, AUDÁCIA, VALENTIA E ATÉ UM POUCO DE ESPÍRITO AGRESSIVO, PARA QUE APRENDAM A DEFENDER OS SEUS DIREITOS. É PRECISO LEVAR EM CONSIDERAÇÃO QUE OSINDÍGENAS DESSES PAÍSES SÃO APÁTICOS SUBNUTRIDOS E PREGUIÇOSOS. É PRECISO QUE ELES VEJAM O HOMEM BRANCO COMO UM INIMIGO PERMANENTE, NÃO SOMENTE DELE, ÍNDIO, MAS TAMBÉM DO SISTEMA ECOLÓGICO DA AMAZÔNIA. É PRECISO DESPERTAR ALGUM ORGULHO QUE O ÍNDIO TENHA DENTRO DE SI. É PRECISO QUE O ÍNDIO VEJA E TENHA CONSCIÊNCIA DE QUE O MISSIONÁRIO É A ÚNICA SALVAÇÃO.

f) É PRECISO INFILTRAR MISSIONÁRIOS E CONTRATADOS, INCLUSIVE NÃO A RELIGIOSOS, EM TODAS AS NAÇÕESINDÍGENAS. APLICAR O PLANO DE BASE DAS MISSÕES, QUE SE COADUNA COM A PRESENTE DIRETRIZ E, DENTRO DO MESMO, A APOSIÇÃO DOS NOSSOS HOMENS EM TODOS OS SETORESDA ATIVIDADE PÚBLICA, É MUITO IMPORTANTE PARA VIABILIZAR ESTAS DIRETRIZES.

g) É PRECISO REUNIR AS ASSOCIAÇÕES DE ANTROPOLOGIA, SOCIOLOGIA E OUTRAS EM TORNO DO PROBLEMA, DE TAL MANEIRA QUE SEMPRE QUE NECESSITEMOS DE ASSESSORIA, TENHAMOS ESSAS ASSOCIAÇÕES AO NOSSO LADO.

h) É PRECISO INSISTIR NO CONCEITO DE ETNIA, PARA QUE DESSE MODO SEJA DESPERTADO O INSTINTO NATURAL DA SEGREGAÇÃO, DO ORGULHO DE PERTENCER A UMA NOBREZA ÉTNICA, DA CONSCIÊNCIA DE SER MELHOR DO QUE O HOMEM BRANCO.

i) É PRECISO CONFECCIONAR MAPAS, PARA DELIMITAR AS NAÇÕES DOS INDÍGENAS, SEMPRE MAXIMIZANDO AS ÁREAS, SEMPRE PEDINDO TRÊS OU QUATRO VEZES MAIS, SEMPRE REIVINDICANDO A DEVOLUÇÃO DA TERRA DO ÍNDIO, POIS TUDO PERTENCIA A ELE. DENTRO DOS TERRITÓRIOS DOS ÍNDIOS DEVERÃO PERMANECER TODOS OS RECURSOS QUE PROVOQUEM O DESMATAMENTO, BURACOS, A PRESENÇA DE MÁQUINAS PERTENCENTES AO HOMEM BRANCO. DENTRE ESSES RECURSOS, OS MAIS IMPORTANTES SÃO AS RIQUEZAS MINERAIS, QUE DEVEM SER CONSIDERADAS COMO RESERVAS ESTRATÉGICAS DAS NAÇÕES A SEREM EXPLORADAS OPORTUNAMENTE.

j) É PRECISO LUTAR CM TODAS AS FORÇAS PELO RETORNO DA JUSTIÇA. O QUE PERTENCEU AO ÍNDIO DEVE SER DEVOLVIDO AO ÍNDIO PARA QUE O ESBULHO SEJA COMPENSADO COM PESADAS INDENIZAÇÕES. UMA ESTRADA DESATIVADA JÁ OCASIONOU PREJUÍZOS COM DESMATAMENTO E MORTE DE ANIMAIS. UMA MINA JÁ CAUSOU PREJUÍZOS COM BURACOS E POLUIÇÃO, PORÉM O PREJUÍZO MAIOR FOI COM O MINERAL QUE FOI FURTADO DO ÍNDIO. OS ÍNDIOS NÃO DEVEM ACEITAR CONSTRUÇÕES CIVIS FEITAS PELO HOMEM BRANCO, ELES DEVEM PRESERVAR A SUA CULTURA, TRADIÇÃO E SEUS COSTUMES A QUALQUER PREÇO.

k) É PRECISO DEFENDER OS ÍNDIOS DOS ÓRGÃO PÚBLICOS OU PRIVADOS, CRIADOS PARA DEFENDÊ-LOS OU ADMINISTRAR AS SUAS VIDAS TAIS ÓRGÃOS, TANTO OS EXISTENTES NO BRASIL - SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO ÍNDIO - COMO EM OUTROS PAÍSES, NÁO DEFENDEM OS INTERESSES DOS ÍNDIOS.

l) É PRECISO MANTER AS AUTORIDADES EM GERAL SOB PRESSÃO CRÍTICA, PARA FINALMENTE EVITAR QUE OS SEUS ATOS, APARENTEMENTE SIMPLES, NÃO SE TRANSFORMEM EM DESGRAÇA PARA OSÍNDIOS. NUNCA SE DEVE DEIXAR DE PROTESTAR CONTRA QUALQUER ATO QUE CONTRARIE AS DIRETRIZES AQUI COMPREENDIDAS.

SUPORTE E EXPLICAÇÕES


I - As verbas para o início do cumprimento desta etapa já se acham depositadas, cabendo a distribuição ao Conselho de Curadores definir e avaliar a distribuição. Da verba AS 4-81, 60% serão destinadas ao Brasil, 25% À Venezuela e 15% à Colômbia. Ficarão sem verbas até 1983 o Peru e os demais países da América do Sul.

II - Os contratados serão de inteira responsabilidade dos organismos encarregados da operação.

III - Os relatórios serão enviados mensalmente e o sistema de arquivo não deverá ser liberado para a normativo do arquivo ecumênico, pelo fato de existirem etapas que não integram o convênio com a Igreja Católica desses países.

IV - É vedado e proibido aos Conselhos regionais instalados em tais países dirigir-se diretamente aos nossos provedores, para fins de requisição de verba, sob qualquer pretexto que seja. Todas as doações serão centralizadas em Berna.

V - Será permitido estipular pequenas verbas, distintas da verba principal, para fins de dar suporte a operações paralelas, não compreendidas nestes diretrizes. As quantias representativas dessas pequenas verbas devem ser devidamente especificadas, tanto quanto à sua origem como em relação à sua destinação.

VI - No que concerne à transmissão e tramitação de documentos e informações, são válidas de modo geral as seguintes instruções: para verbas, o Gen. 79-3; para assuntos políticos, o Gen. 80-12; para assuntos de sigilo máximo, o Gen. 79-7 em toda a sua gama e em todos os seus aspectos, sem exceção. O expediente do acordo sobre a presente diretriz deverá chegar aqui ao mais tardar dentro de 30 dias da data do recebimento desta e estará sujeito à Norma 79-7.

VII - O endereço continuará sendo mantido sob a senha "GOTLIEB", principalmente por causa dos colombianos.