sexta-feira, 25 de maio de 2012

Logística para pequenos produtores. Dicas importantes


Pequenos e médios produtores representam um contingente de 80% de produção de frutas para o mercado interno brasileiro – e é possível que logo atinjam a mesma porcentagem no que diz respeito a grãos de milho, trigo e soja. Apesar de serem fortes no abastecimento local, ainda há muito o que melhorar nas questões de logística para que esses produtores tenham a possibilidade de conquistar, também, o mercado internacional – o que significaria um franco crescimento na sua ordem de negócios.
Na logística de produção e cultivo de um pequeno produtor, que representa uma grande fatia do motor da economia brasileira de agronegócio, todas as etapas da cultura devem ser levadas em consideração para que o negócio seja sempre rentável, até nos conhecidos tempos de vacas magras. Uma das primeiras atitudes a se tomar é reavaliar o custo-benefício das sementes usadas no plantio e, se for o caso, mudar de fornecedor para essa finalidade.
Outra etapa importante da logística deve ser feita em parceria com a secretaria de agricultura do município: investimento e incentivo para a aquisição de maquinário com maior poderio tecnológico. Em logísticas ultrapassadas ainda se usa maquinário específico para atender a pequenos produtores, ao invés de grandes tratores, retroescavadeiras e outras máquinas de campo – o que dificultava a produção e fazia com que o cultivo demorasse dias a mais do que o habitual. Mudando esse aparato de trabalho é possível produzir mais em menos tempo e mudar para melhor, também, a logística de atendimento nos pontos de venda. Esse tipo de mudança significa melhoria de vida dos produtores e de quem trabalha com eles, já que com um maquinário melhor a mão de obra pode ser muito mais rápida, eficaz e leve do que o usual.
A dica é sempre procurar por incentivos vindos das secretarias de agricultura para melhorar a logística dos pequenos e médios produtores para agronegócios, já que é de total interesse do município e do estado que a produção agrícola na região se fortaleça e dê uma boa alavancada. Além do maquinário, que geralmente facilita individualmente o preparo do solo para plantações, há também o reparo das estradas vicinais, pois é preciso também apostar na melhoria da logística do transporte que vai ser responsável pelo escoamento da produção.  
A melhoria do transporte também é, quase sempre, um passo dado, primeiramente, pelos órgãos governamentais. Ano passado, por exemplo, pequenos produtores da região de Leite de Iguatemi receberam da prefeitura um caminhão tanque resfriador para transporte da produção de leite, a fim de garantir o escoamento correto dos produtos da região. A conquista foi possível através de emenda federal, vinda do Ministério do Desenvolvimento Agrário, e pode contemplar regiões e produções diferentes em todo o país – basta que o município ou estado peça “a parte que lhe cabe nesse latifúndio”.
E o transporte é uma questão logística de muita importância em um cenário onde todos os produtores, pequenos, médios ou grandes, são prejudicados pelas condições inadequadas e longitude entre regiões das estradas brasileiras. Muito se perde da colheita até a cidade, fazendo com que a própria produção diminua seu ritmo. Essa talvez seja a aba logística que mereça mais atenção por parte dos pequenos produtores, já que levar ao consumidor um produto fresco é uma das maiores qualidades das produções referência em hortifruti. E nisso, como em todas as outras questões, os órgãos de estado devem aparecer como totais apoiadores das iniciativas agrícolas, das menores às maiores escalas de produção e cultivo. 

Por: Luís Antônio P. Oliveira

Um comentário:

  1. É sempre bom ver alguem postando uma artigo sobre os "pequenos". Esquecemos que nossa agricultura familiar nos da a base para a alimentação de todo um pais.

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